sábado, 7 de agosto de 2010

Resumo do Livro : Noite na Taverna.


Noite na Taverna

Álvares de Azevedo

Foram homens ébrios, infelizes e machistas. Preocupavam-se apenas com seu interior, egoístas. Preocupavam-se com o seu ego, apenas satisfazia suas volúpias, eram desvairados. Eram grossos nescios,quirografários e arrogantes.

- Vinho! Vinho! Não vês que as taças estão vazias e bebemos o vácuo, como em sonâmbulo? [...]

- Oh! Vazio! Meu copo está vazio! Olá, taverneira não vês que as garrafas estão esgotadas?Não sabes desgraçada, que os lábios da garrafa são como os da mulher: só valem beijos enquanto o fogo do vinho ou o fogo do amor os borrifa de lava?[...]

[...] Bem ! Muito bem! É um toast de respeito![...]

[...] Ao vinho! Ao vinho![...]

Solfieri viajara até a Roma a cidade do fanatismo e da perdição embora seja uma cidade católica, não está livre de suas meretrizes. Na alcova do sacerdote encontra uma amasia no leito da vendida, era o prazer do sacerdote. Sem sono Solfieri encosta-se a uma aresta de um palácio e escuta um canto choramingado com uma voz sombria fazendo exéquias e cantando a nênia das flores murchas da morte. Ele retirara uma mulher com uma roupa branca, pálida, gélida, virgem e de seios fartos de um cemitério. Havia um policial em sua direção, certamente achando que Solfieri era um ladrão de cadáveres. Quando percebe que o policial iria pará-lo pede que ele se abaixe e veja a respiração da moça, assim feito o mesmo deixa o sair, logo a moça acorda e grita apavorada. Imediatamente leva- a para sua casa onde fica durante dois dias e falece assim ele a sepulta e manda fazer um busto e colocar em cima de sue esquife

[...] Roma é a cidade do fanatismo e da perdição: na alcova do sacerdote dorme a gosto a amásia, no leito da vendida se pendura o crucifixo lívido. É um requintar de gozo blasfemo, que mescla o sacrilégio á convulsão do amor, o beijo lascivo á embriaguez da crença! [...]

[...] Um mulher!...Mas essa roupa brancaq e longa? Serás acaso um roubador de cadáveres? [...]

[...] Cheguei meus lábios aos dela.Senti um bafejo morno.Era a vida ainda.[..]

Bertram, ébrio encontra uma maneira de se livrar dos pecados argumentando que só entrou na vida que tem porque uma mulher o levou à perdição, ela o apertava contra o âmago. Contou que estava apaixonado e amando uma moça com quem iria se casar chamava-se Ângela tantas noites prazerosas, tantos beijos e partiu pra Dinamarca onde o genitor o chamara. Fora uma noite de suspiros e lagrimas chorara de saudades de Ângela. Quando chegara a casa de seu pai ele se ajoelhara emocionado suspirou e balbuciara á Deus e morrera aos pés do filho. Bertram chorava, chorava por Ângela que deixara. Retornara logo após o falecimento do pai para casa de Ângela e a vira com as mãos sujas de sangue era sangue, de quem? Do marido que fora sido degolado, sobre o peito do desgraçado estava em cima dele uma criança, estava morta também e se misturava o sangue de ambos.

Ângela havia matado o marido e o filho. Ela era insana. Vivera infausto, aziago ao lado de Ângela, era uma vida insana, nas mesas de orgias. Bebia como uma inglesa fumava como uma sultana dava a historia de amor algo que não compensava. Fora com Ângela até um navio onde não quis se identificar estava a bordo o comandante e os tripulantes e a bela mulher do comandante. Ângela falecera. Havia em nossa frente outra navegação desconhecida onde nos atacavam com um canhão, afundaram simultaneamente. Da navegação apenas se salvaram o comandante, sua mulher, o narrador e dois tripulantes. Os tripulantes são levados pelas altas correntezas, fracos por não comerem a muito tempo. Restam apenas o capitão, Bertram e a bela mulher. Sem comida encontram uma maneira de achar algum alimento, fazem uma aposta onde o comandante perde, e luta até morte para que não seja devorado. Ele perde a batalha. Eles comem o comandante. A mulher pede uma noite de orgia a Bertram, desonrara a mulher do comandante. Com medo da morte da mulher ele a sufoca. E ela é arrastada pelas correntezas.

[...] Quando voltei, Ângela estava casada e tinha um filho... Eu também chorava, mas era de saudades de Ângela. [...]

[...] Ângela com os pés nus, o vestido solto, o cabelo desgrenhado e os olhos ardentes tomou-me pela mão [...]

[...] – Sangue, Ângela! De quem é esse sangue? [...]

[...] De repente me senti-me só. Uma onda arrebatara o cadáver. [...]

Gennaro contando lhe outra de suas histórias. Godofredo fora pintor dizia que sua vida fora uma obra artística romana, casara-se veterano com uma jovem de vinte. Era modelo para suas obras artísticas. Laura filha do primeiro casamento bela, como era bela. Godofredo tinha grande estima pela moça. Era um mancebo logo que nessa idade já queria e tinha prazer. Amou- a, era seu primeiro amor era uma chama avassaladora, ardente. Nauza a mulher do mestre quase a mesma idade que Gennaro amava-o. Laura filha do mestre tinha pele pálida, olho azul era lindo. Laura parecia querer o mancebo como um irmão. Quando Gennaro ia se deitar uma sombra o cercara no corredor apagara as luzes e o envolvia em seus braços, todas as noites fora assim. Três meses se passara e Laura entrara ao leito dele lhe dizendo que era preciso que eles se casassem, pois ia conceber um filho dele, já não era mais pura, era imunda como as amacias e meretrizes. Gennaro se esquivou da proposta. Nunca mais tornara falar em casamento. Nauza amara o mancebo cada vez mais. O mancebo molhava o travesseiro com suas lagrimas, a sombra do remorso momento algum dissipava da sua cabeça, não estava pudico. Nauza o chamara para ir até o leito onde se encontrava Laura, morrendo, convulsivamente. Godofredo não sabia o porquê da doença repentina da filha e dormia todas as noites no leito de sua preciosa. Enquanto isso Nauza e Gennaro tinham as mais belas orgias que se podia imaginar. Laura morrendo chamou o nome do mancebo, e morreu gélida e pálida levando consigo o filho. Godofredo faz o jovem confessar os seus atos, no auge da ira, tenta matá-lo, empurrando-o de um barranco. Gennaro sobrevive à queda, volta à casa do pintor para lhe pedir perdão e se vingar. Mas estão todos mortos.

[...] Deu um grito, estendeu convulsivamente os braços como para repelir uma idéia, passou a Mao pelos lábios como para enxugar as ultimas gotas de uma bebida estorceu-se no leito, lívida fria, banhada de suor gelado e arquejou... Era o ultimo suspiro. [...]

[...] Gennaro, quero contar-te uma historia. É um crime, quero que seja juiz dele.[...]

[...] Eu curvei-me no abismo:tudo era negro,o vento lá gemia embaixo nos ramos desnudos,nas urzes,nos espinhais ressequidos,e a torrente lá chocalhava no fundo escumado nas pedras.

Claudius Hermann contara suas historias, suas noites de orgias, contara da mulher que era um anjo, das maldições, das vidas profanas. Era um apostador de corridas incessível. Esquecera o homem que tinha no seu peito, esquecera de si próprio. Contara de Eleonara a mulher que perdera várias noites maravilhosas. Eleonara era uma duquesa, ele a conhecera em um teatro, onde passara semanas exaustivas lhe procurando a fim de possuir a bela donzela. Claudius subornara um empregado fazendo com que ele lhe dê uma chave do apartamento. Colocara sedativo no copo de vinho da duquesa e se aproveita da bela. O Duque bebe porções do vinho, adormece e sua esposa e raptada.

Claudius perde a coragem de matar o marido. Eleonara acorda e volta a sua casa. Claudius retornara e encontra ambos mortos. Eleonara morrera e sobre o seu peito havia um papel molhado de suas lagrimas. Estavam escritos no papel versos que o próprio mancebo havia dito a Eleonara. Johann leu esse bilhete.

[...] A mascara de Don Juan queimou- me o rosto

Na fria palidez do libertino:

Desbotou- me esse olhar... E os lábios frios

Ousam de maldizer do meu destino. [...]

[...] E a loura meretriz nos seios brancos

Deitou-me a frente lívida, na insônia

Quedou-me a febre da volúpia à sede

Sobre os beijos vendidos [...]

Johann contara sua estadia em um bilhar de Paris, a briga com um marujo que lhe atirou uma luva em sua face. Ele estava jogando bilhar com Arthur estava perdendo, faltava apenas uma bola para seu adversário ganhar, acidentalmente Arthur esbarra na mesa, onde ganha e Johann perde. Johann duela com o rapaz até a morte de algum deles. Vão até o hotel para pegar as armas. Era um duelo de morte. O moço escrevera uma carta onde estava escrito que se o mesmo morrer entregara a carta à mãe junto com o anel e outra endereçada a amante do rapaz. Vão até uma rua mal iluminada e começa a chacina, apenas uma arma estava carregada.Johann dispara, Arthur cai no chão e pede para que Johann entregue as cartas. O moço morrera.Johann então vai olhar as cartas e vê que uma delas era um encontro. Johann decide se passar pelo falecido, e vai até o encontro com a amante de Arthur. Dormira com ela. Retira-se do quarto de manhã e é atacado por um vulto. Mata o vulto. Descobrira que a moça com quem dormira e o vulto que matou eram seus irmãos. Filhos das entranhas de sua mãe.

[...] Aquele homem – sabei-o!?...Era sangue do meu sangue, era filho das entranhas de minha mãe, como eu... Era meu irmão!Uma idéia passou ante meus olhos como um anátema. Subi ansioso ao sobrado. [...]

[...] Na verdade que sou um maldito! [...]

A porta abrira entrara uma mulher vestida de negro havia uma lanterna em sua mão era o anjo da loucura. A luz iluminou Arnold quis lhe beijá-la. Arnold acordara fora um sonho. Não,não era uma ilusão era realidade. Arnold tomara a lanterna. Johann morrera.A mulher matara Johann para se vingar da virgem, que fora desonrada por ele. A mulher recuara. Arnold a matara. Arnold se suicidara com punhal, caíra sobre ela. A lâmpada se apagara.

[...] Giórgia! Era ele um infame. Foi ele quem deixou por morto um mancebo a quem esbofeteara numa casa de jogo. Giórgia, a prostituta!Vingou nele Geórgia, a virgem! Esse homem foi quem a desonrou! Desonrou-a... a ela que era sua irmã !

-Horror! Horror! [...].


Por : Enrica Lombardi


PS: Esse resumo foi feito parar um trabalho escolar de Sociologia da Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco , Uberaba.

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